Matheus Zaro e Marlon Carniel*
Olá meninas e meninos!! Tudo bem? Estamos avançando passo a passo em nossas análises e reflexões sobre a importância que a tecnologia, desde a internet até os instrumentos e equipamentos tecnológicos, representa na qualificação dos processos de ensino e aprendizagem. Até o momento, vimos inúmeras ferramentas, softwares e aplicativos que podem ser utilizados em sala de aula.
Hoje, traremos aqui uma breve reflexão sobre “Mediação pedagógica e Tecnologias de Informação e Comunicação”, capitulo 3 do Livro “Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica”. Neste capítulo o autor Marcos T. Masetto apresenta preocupações com o uso das tecnologias, bem como a qualidade que as tecnologias proporcionam em sala de aula.
Desde o surgimento das tecnologias e a inserção destas em sala de aula, surgem em paralelo a preocupação pelo uso ou não nos processos de ensino e aprendizagem, isso porque o acesso ao conhecimento e a informação passa neste momento a ser muito facilitado. Esta facilidade faria com que a imagem do professor não passasse apenas de mero mediador, interlocutor entre os alunos.
As tecnologias de informação e comunicação permitem o desenvolvimento de aulas a distância, atividades de debate entre grupos virtuais que complementam o conhecimento. Alunos de determinado lugar podem se conectar e trocar experiências com alunos ou professores de qualquer lugar do mundo. Mas como promover uma mediação tecnológica nestas atividades? O professor precisa assumir o seu papel de orientador para a ampliação do conhecimento. Segundo Pallof e Pratt, em seu Livro O aluno virtual, afirmam que o aluno precisa ver o professor como o norteador de pesquisas que qualifiquem a aprendizagem, evitando que a internet seja apenas uma mera informante de novidades fúteis. Esta qualificação do ensino com tecnologias necessita de análise sistemática, com vistas a melhorar os resultados.
Por outro lado, a tecnologia também proporciona autonomia aos alunos que podem, por si só pesquisar as mais aprofundadas pesquisas sobre determinado assunto que possua interesse, otimizar o uso de sons e imagens que facilitam e fixam o conhecimento. Permite que a troca de experiências permaneça fora da sala de aula, aproximando colegas e professor além dos momentos de encontro diários.
Neste processo de utilização das tecnologias de informação e comunicação, o aluno precisa assumir o seu lugar como o principal interessado em construir o conhecimento, de maneira colaborativa e coletiva com os demais colegas. O professor, por sua vez, como mediador entre o aprendiz e a aprendizagem, necessita assumir a postura de maneira produtiva, incluindo atividades que cativem seus alunos. A isso, Masetto dá o nome de mediação pedagógica que se caracteriza principalmente pela apresentação de situações problemas, perguntas norteadoras, propor a troca de experiências.
As tecnologias da informação, em suas facetas, apresentam inúmeras alternativas de apoio ao desenvolvimento das atividades pedagógicas a serem propostas e aplicadas por professores. Porém, para a garantia de sucesso no uso destas tecnologias, é inevitável uma mudança da atual mentalidade da escola tradicional, onde professores estão acostumados com o modo simples de transmissão do conhecimento e o aluno como mero receptor. Poderíamos definir o atual momento do ensino como o surgimento de uma escola e, consequentemente, de um professor contemporâneo, que admita que a tecnologia está inserida em nossa realidade e que a maioria dos seus alunos possui acesso fácil a ela.
Esta incluso na mediação pedagógica o desenvolvimento e aplicação de novas formas de avaliação do ensino, eliminando a classificação por conceitos ou notas que soam mais como castigo pessoal caso o objetivo não seja alcançado.
As tecnologias atendem muito a necessidade de agilidade do conhecimento, de modo prático e com custo muito mais em conta. Trata-se do ensino a distância, modalidade que surgiu para atender esta demanda, fazendo uso exclusivo da tecnologia da informação e mediação pedagógica. Neste processo, o cuidado com o que se escreve deve ser redobrado, pois diferentemente do modo presencial, nem tudo o que se quer dizer será dito de modo escrito. No modo presencial, é possível o olho no olho, uma careta, uma movimentação corporal que fará muita diferença na transmissão do conteúdo. 
Ferramentas como chat, bate-papo, e-mails, grupos de debate online, entre outras, possuem importante papel na ampliação conhecimento, onde a troca de experiências é facilitada, proporcionando a construção de textos colaborativos, orientações de pesquisa, etc..
Enfim, somos sabedores que as tecnologias de informação e comunicação estão disponíveis a todos, sejam em notebooks, smartphones, tablet’s, que podem e devem ser usados como mecanismos de apoio a professores. Porém, o sucesso desta tecnologia com resultado eficaz e eficiente, depende inevitavelmente, da colaboração dos alunos e professores, os primeiros pelo interesse e a busca pela ampliação do conhecimento; os outros pelo interesse em utilizar tais ferramentas em seus planejamentos pedagógicos, valorizando o interesse e incentivando a curiosidade dos alunos.
Esperamos ter contribuído para que todos vocês possam refletir ainda mais sobre a necessidade de modernização do ensino, visando um ensino de qualidade!
